domingo, 18 de novembro de 2007

4º TRIM./2007 - Lição 7 - A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE

1º) COMO DEFINEM OS DICIONÁRIOS A PALAVRA PROSPERIDADE?

Do lat. prosperitate. 1.Qualidade ou estado de próspero ; 2.Situação próspera.

2º) A PROSPERIDADE NA PERSPECTIVA HUMANA:

É considerado próspero, aquele que possui carro do ano, casa luxuosa, melhores roupas ou roupas de marcas conhecidas e famosas, melhores celulares ou aparelhos de ultima geração, usam jóias e ou relógios caros, comem nos melhores restaurantes, etc.

3º) A PALAVRA PROSPERIDADE NA BÍBLIA:

A Palavra traduzida para prosperidade no hebraico é: tsãlear ou tsãleach, como diz o quadro - INTERAÇÃO - pág. 51, em nossa lição. Esta palavra, ocorre cerca de 65 vezes no texto do antigo testamento hebraico.

Co-relacionada com a palavra prosperidade, existe outra palavra hebraica conhecida com bãrak – benção, que aparece cerca de 330 vezes na bíblia e é usada também para denotar prosperidade.

Estas palavras são usadas, dentre eles, com o sentido de VITÓRIA – 2 Cr. 26.5,6, e PROSPERIDADE – Gn. 12.2

A palavra prosperidade no Novo Testamento – euporia, formado de EU = BEM e POROS = PASSAGEM. Primariamente tem o sentido de FELICIDADE, mas no sentido amplo, o significado de PASSAR BEM, ESTAR BEM. Em At. 19.24-26, tem o significado de sustento ou subsistência.


4º) NEM TODAS AS RIQUESAS SÃO FRAUDULENTAS:
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O contexto do Salmo 73, nos traz a visão de Asafe em relação aos ricos e de como eles obtinham suas riquezas, com ganância, escravidão e uso da força.

É importante frisar que; “NEM TODA A PROSPERIDADE DOS IMPIOS É INJUSTA E QUE NEM TODA PROSPERIDADE DOS CRISTÃOS SÃO DÍGNAS!”

* FATO REAL: Conheço um irmão “comerciante”, que em uma determinada ocasião, pediu para a igreja orar por ele, porque ele estava sendo intimado pelo MINISTÉRIO DO TRABALHO, para responder a uma causa trabalhista. Um de seus funcionário crentes o estava denunciando por não pagar horas extra. O caso é que este irmão obrigava os seus funcionários a chegarem às 07:hs para fazerem um CULTO na empresa e só deixava os funcionários marcarem o ponto as 08:hs.
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I. PORQUE OS ÍMPIOS PROSPERAM

1. A decepção de Asafe.

Vejamos os "sintomas" que se abateram sobre Asafe, ao observar ele a prosperidade dos ímpios:

- Quase desviava-se da vontade de Deus – v.2

- Criou um sentimento de INVEJA dentro de si – v.3
A Bíblia nos alerta quanto a este tipo de sentimento: Gl. 5.25,26

- Achou que era em vão, manter uma vida de santidade e de fidelidade a Deus – v.13

- Amargurou-se pela situação próspera do ímpio, em relação a sua – v.21a

- Passou mal ou segundo algumas versões, teve palpitações (no coração) – v.21b

- Ficou bravo e agressivo – v.22a

2. O questionamento de Asafe – também semelhante ao de Jeremias.

* O salmista estava tão intrigado com este fato, que chega a fazer questionamentos:

v.4Não há aperto nem na sua morte

v. 12É assim os ímpios, sempre em segurança e as suas riquezas aumentam.

Nota: o v.4, torna-se muito diferente em algumas traduções.

Na NTLH – Os maus não sofrem
Na THOMPSON (Edição Contemporânea) - Não há apertos na sua morte
Na Estudo Almeida (R.A) – Para eles não há preocupações

Obs: O sentido amplo é de que: "parece que nem na morte eles sofrem."

* O profeta Jeremias, também faz um questionamento em relação aos ricos:

Jr. 12.1,2a - "Justo és, Ó Senhor, ainda quando entro contigo num pleito. Contudo falarei contigo da tua justiça: Por que prospera o caminho dos ímpios? Por que vivem em paz todos os que procedem porfidamente?"

Obs: A palavra PROFIDAMENTE, não é encontrada, na maioria dos nossos dicionários da lingua portuguesa. Na versão NTLH, porfidamente é traduzido para: desonestos ; usam de desonestidade ou são desonestos.

II O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE.


1. Deus é o nosso Supremo Bem.


Diz o comentarista: O versículo 25 expressa... Considerando Deus como sendo o seu maior tesouro.

* Jesus nos alerta em Mt. 6.19-21 “Não ajunteis tesouro na terra, onde... Mas ajuntai tesouro nos céus... Pois aonde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração.”


* No sentido amplo deste versículo, nos diz que devemos buscar agradar a Deus – Ajuntar no céu - com a nossa vida, o nosso serviço e com a nossa devoção a Ele.

2. Deus é a fonte da verdadeira prosperidade (v.26).


* O texto áureo de nossa lição, é a chave que abre à porta para nós, da VERDADEIRA fonte da prosperidade:


Mt. 6.33 “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”

5º) OS RISCOS DA PROSPERIDADE.

Na lição encontramos a referência ao texto de 1 Co. 10.31 “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a Gloria de Deus.”

O que na realidade se vê, é bem distante disto. As pessoas compram carros e colocam um adesivo em letras garrafais: PROPRIEDADE EXCLUSIVA DO SENHOR JESUS ou A SERVIÇO DO SENHOR JESUS. Porém, quando se depara com um irmão mais humilde, na parada do ônibus, vira a cara para o outro lado para não dar carona ao irmão. É melhor retirar o adesivo e colocar - USO EXCLUSIVO PARA MIM ou A MEU EXCLUSIVO SERVIÇO.


Cabe-nos falar também sobre a PROSPERIDADE e o abandono das coisas de Deus:


Dt. 8.17,18 “Não digas no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me proporcionaram esta riqueza. Antes te lembrarás que o Senhor teu Deus é que te dá força para adquirires riquezas, confirmando a aliança que jurou a teus pais, como hoje se vê.”


Sl. 30.6“Eu dizia na minha prosperidade, jamais serei abalado.”


Dn. 4.29-33 – Nabucodonozor torna-se como um animal, ao achar que tudo o que possuia, era fruto único e exclusivo da sua força e do seu poder. O pior foi achar que tudo aquilo era para o engrandecimento dele - "Para a glória da minha majestade!"

Este é o problema de muitos que possuem ou buscam desenfreadamente a prosperidade humana, acreditarm que os seus bens, são fruto do seu esforço e para o seu benefício exclusivamente, esquecen-se de que, tudo é fruto da Infinita misericórdia de Deus.

Muitos dos tais estão abandonando as funções que exerciam nos departamentos da igreja, abandonam ministérios e aos poucos, vão se esquecendo de Deus.

Tudo isso fruto de uma FALSA PROSPERIDADE!

6º) HA UMA DIFERENÇA ENTRE PROSPERIDADE E AVAREZA!


Algumas pessoas parecem prósperas, porém na realidade de suas vidas, elas não passam de pessoas AVARENTAS. Costumamos considerar prósperos, aqueles que possuem certa condição financeira, ou posição social. Geralmente, consideramos as pessoas por aquilo que eles tem na vida, mas com certeza, Deus considera aquelas que TEM PARA DAR. – Pv. 11.24 ; 28.27a ; Lc. 6.38 ; At. 20.35.


PROSPERIDADE NÃO É RECEBER OU POSSUIR. PROSPERIDADE É TER DAR!


Demonstração da Prosperidade - At.4.32-37
Demonstração da Avareza – At. 5.1-5


7º) A PROSPERIDADE NA PERSPECTIVA BÍBLICA:


Sl. 37.37 – A presença de PAZ é a indicativa da prosperidade deste homem reto.


Gn. 24.20,21 – A prosperidade da jornada do servo de Abraão, consistia no fato de ele possivelmente haver encontrado uma jovem para casar-se com o seu senhor. O êxito nesta viagem é considerado pela bíblia como prosperidade


1 Co. 16.1,2a – Aqui os donativos que a igreja de corinto deveria preparar era, mesmo que pouca coisa, demonstração da prosperidade dos irmãos daquela igreja.


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Falando em "PROSPERIDADE"!?

Leia atentamente esse dado:

A Suíça, Confederação Suíça ou ainda Confederação Helvética, é um pequeno estado federal localizado no centro da Europa. Possui uma área de 41'290 km² dos quais 1'289 são cobertos por lagos.


O país faz fronteira a Norte com a Alemanha, a Leste com a Áustria e o Liechtenstein, a Sul com a Itália e a Oeste com a França. A Suíça conta com 7.507.000 habitantes (2006), resultando numa densidade populacional de 176 habitantes por quilômetro quadrado. A capital administrativa é Berna. Outras cidades importantes são Zurique (Cidade mais populosa), Genebra, Lausanne e Basileia.


A Suíça é uma das economias mais ricas do Mundo e é sede de inúmeros bancos privados e de organizações internacionais como a FIFA e a UEFA [1]


O PIB (Total) é de $U$264.1 bilhões (2005) (R$ 4.700.980 Quatrilhões), dividido por 7.507 bilhões, que daria um total de R$ 626.237,00. Enquanto que no Brasil em 2006 o PIB atingiu R$ 2,322 trilhões com um total de 187.411.224 milhões de habitantes em 2006 o que representa R$ 12,39 para cada habitante.

Tudo isso é muito "maravilhoso" e podemos dizer que a Suiça e os suissos, vivem uma "verdadeira" prosperidade

Leia mais...

A taxa de suicídios, entretanto, é quase o dobro da americana. As armas são usadas em cerca de 1/5 de todo os suicídios na Suíça, comparados aos 3/5 nos EUA e ao 1/3 dos suicídios canadenses – FONTE www.armaria.com.br/suicos.htm


Suicídio de jovens é de grandes proporções, na Suíça. Na Suíça, o suicídio é a principal causa de mortalidade de adolescentes, bem mais do que os acidentes – FONTE GLOBOVOXA Suíça também permite a realização do suicídio assistido, inclusive podendo ser realizado sem a participação de um médico – FONTE www.adrenaline.com.br/forum/

ISSO É PROSPERIDADE? É mais uma prova de que dinheiro não é sinal de prosperidade!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE

A verdadeira prosperidade é uma promessa bíblica. Já bem explanada esta semana (ver blog ENSINO DOMINICAL), nossa contribuição será mostrar algumas faces da "falsa Prosperidade", através de uma breve abordagem histórica e teológica. Do ponto de vista pedagógico, é sempre interessante ao falar sobre o que é "verdadeiro" expor também o "falso". Como sugestão, os professores podem começar sua aula abordando a "falsa prosperidade" com sua teologia e concluir ensinando sobre a "verdadeira" prosperidade.

1. RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA TEOLOGIA DA "FALSA" PROSPERIDADE

O evangelho da prosperidade é algo e novo na história da igreja. Seu aparecimento, contudo, se desenvolveu gradativamente e tem sua origem ligada a pessoas, épocas e lugares diversos. Estaremos aqui, lançando um fundamento histórico, que nos conduzirá a um melhor entendimento da sua expansão no Brasil.

Mediante pesquisas realizadas nos Estados Unidos sobre o assunto, duas raízes históricas e filosóficas foram identificadas: pentecostalismo (Barron, 1987) e várias seitas metafísicas do início do século XX, que floresceram na área de Boston (McConell, 1988). Dessas duas fontes, o pentecostalismo forneceu a base ou o grupo onde a teologia encontrou a maior parte de seus adeptos. Embora as igrejas pentecostais e carismáticas acolheram numa proporção maior , foram as seitas metafísicas que forneceram os ensinos e base que deram forma ao evangelho da prosperidade.
2. A RELAÇÃO COM O PENTECOSTALISMO

No final do século XIX, vários pregadores na América do Norte começaram a afirmar, que todos os cristãos tinham o direito à saúde como parte da expiação. Entre os tais destacaram-se A. J. Gordon, fundador de uma respeitada instituição de ensino teológico, e A. B. Simpson, fundador da Aliança Cristã e Missionária. Ambos escreveram livros sobre cura que até hoje são utilizados.Os ensinos de prosperidade não tiveram origem dentro do pentecostalismo. Contudo, a tendência das denominações pentecostais de aceitarem afirmações de autoridade profética “extra-bíblica”, criou um espaço teológico onde a doutrina da prosperidade pôde se firmar e crescer. A conclusão histórica que aqui fazemos é que, embora portador da doutrina, o pentecostalismo não a tem como parte de suas crenças fundamentais.
2. AS ORIGENS DAS SEITAS METAFÍSICAS
As seitas metafísicas eram assim conhecidas, por ensinarem que a verdadeira realidade é “meta-física”, ou seja, vai além da realidade física. Isto significa que a esfera do espírito não somente é maior do que o mundo físico, mas controla cada aspecto dele e é a causa de todos os efeitos por ele sofrido.

Além da ênfase no “direito a cura”, esta teologia reivindica também o direito a “prosperidade” por meio da confissão positiva. Os ensinos do evangelho da prosperidade convergem para dois homens: Kenneth Hagin e E. W. Kenyon.
Kenneth Hagin – Nasceu em 1918. Teve uma saúde debilitada em sua infância. Complicando mais a situação, ele foi educado num ambiente de relativa pobreza, porque aquela foi uma época difícil na história dos Estados Unidos e também porque seu pai abandonou a família, quando Hagin tinha seis anos de idade. Ao atingir a adolescência, sua saúde piorou. Aos 16 anos de idade foi confinado a uma cama com perspectivas de pouco tempo de vida. Segundo seu testemunho, ele ficou ali durante 16 meses, antes que sua vida mudasse radicalmente para melhor. Segundo ainda ele narra, duas coisas aconteceram para mudar a sua sorte:
a) Ele afirma ter recebido uma série de visões nas quais foi levado primeiro ao inferno e depois ao céu, três vezes em seguida. Ele diz aos seus seguidores que, logo depois disso, recebeu uma revelação do “verdadeiro” significado de Marcos 11.23, 24 e da natureza da fé cristã. A essência dessa revelação era que, para obter resultados da parte de Deus, o fiel deve confessar em voz alta seus pedidos e nunca duvidar de que tenham sido respondidos, mesmo que as evidências físicas não indiquem que a oração foi atendida. Uma vez feita a oração, o fiel deve afirmar constantemente a resposta, até que surja a prova. Essa é, por certo, a essência daquilo que é hoje ensinado como “confissão positiva”. Hagin afirma que a fonte disso não foi outra senão o próprio Senhor.
b) Hagin não teve nenhum treinamento teológico formal. Assim como o apóstolo Paulo, ele diz que nenhum homem lhe ensinou sua doutrina, uma vez que ele a recebeu diretamente de Cristo. (Em contraste com isso, temos Paulo, que antes de ser converter, era um rabino judeu altamente treinado.).
E. W. Kenyon – Tudo indica que Kenyon foi a verdadeira fonte dos ensinos de Hagin. Kenyon foi pastor em várias igrejas, tornou-se evangelista itinerante sem nenhum vínculo denominacional. Ao passar dos anos iniciou suas atividades como radialista e produziu 18 livretos sobre seus ensinos. Kenyon também não freqüentou um seminário teológico. Para ele, a esfera espiritual pode ser controlada pela mente humana, e se o homem entender corretamente as leis espirituais da vida e tiver fé para agir segundo elas, poderá atingir resultados espantosos.
3. OS FUNDAMENTOS DA TEOLOGIA DA "FALSA" PROSPERIDADE
Além da “autoridade espiritual” e da “saúde plena”, esta teologia ensina que a “prosperidade financeira” é um direito do cristão, pois faz parte da expiação efetuada por Cristo. É comum ouvirmos os pregadores da teologia da prosperidade afirmarem que “Deus quer que seus filhos comam a melhor comida, vistam as melhores roupas, dirijam os melhores carros e tenham as melhores coisas. Observemos o que afirmou Hagin:
"... muitos crentes confundem humildade com pobreza. Um pregador certa vez me disse que fulano possuía humildade, porque andava em um carro muito velho. Repliquei: 'Isso não é ser humilde – isso é ser ignorante!' A idéia que o pregador tinha de humildade era a de dirigir um carro velho. Um outro observou: 'Sabe, Jesus e os discípulos nunca andaram num Cadilac.' Não havia Cadilac naquela época. Mas Jesus andou num jumento. Era o 'Cadilac' da época – o melhor meio de transporte existente. Os crentes têm permitido ao diabo lesá-los em todas as bênçãos que poderiam usufruir. Não era intenção de Deus que vivêssemos em pobreza. Ele disse que éramos para reinar em vida de reis. Quem jamais imaginaria um rei vivendo em estrita pobreza? A idéia de pobreza simplesmente não combina com reis" (Autoridade, 48).
Segundo ainda seus ensinos, a pobreza é fruto da falta do conhecimento de seus direitos, falta de fé para afirmar tais direitos ou o diabo o está impedindo de recebê-los. Se houver uma suspeita de que a última causa é o problema, uma sonora repreensão irá liberar tudo aquilo que o cristão tem por direito: “...tudo quanto você precisa fazer é dizer ; Satanás, tire suas mãos do meu dinheiro" (Limiares, 67).
4. CONCLUSÃO
Pela lógica dos ensinos da “Teologia da Prosperidade”, os profetas e apóstolos deveriam ter sido os crentes e homens mais ricos de todos os tempos. Mas ao contrário disto, viveram de forma simples e nos advertiram quanto ao perigo das riquezas (Tg 2.5; 1 Jo 2.15; 1 Tm 6.9-10). O que não dizer do testemunho de vida de João Batista (Mt 3.4), Pedro e João (At 3.6), Paulo (Fp 4.12) e acima de tudo do próprio Jesus (Mt 8.20).

Não somos apologistas da pobreza, é necessário entender que todo desvio doutrinário é resultado de um acréscimo ou de uma omissão de parte da verdade revelada na Bíblia Sagrada. Apesar de atrativa a “teologia da Prosperidade” é danosa, pois tudo que se insurge contra a sã doutrina é prejudicial à vida do cristão.
BIBLIOGRAFIA

PIERATT, Alan B. O Evangelho da Prosperidade. São Paulo: Vida Nova, 1993.

ROMEIRO, Paulo. Super Crentes: o evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. 6 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A PROMESSA DA CURA DIVINA

Assim como fiz na lição sobre “A promessa do batismo no Espírito Santo”, estarei abordando alguns equívocos relacionados com “A promessa da cura divina”. São eles:

1. Cura divina como atestado de retidão moral e espiritual – Já ouvi de muitos o argumento de que o fato das curas divinas acontecerem por intermédio de seus ministérios, as mesmas estariam legitimando e aprovando a conduta e ensino destes obreiros. Puro engano. Como já escrevi em outro post, determinado "pastor moderno", defendendo-se de alguns questionamentos quanto a certo comportamento adotado, alegou o seguinte:

"[...] a unção, a Glória de Deus e a presença do Espírito Santo continuam sobre o Ministério que o Senhor me confiou. Os sinais, a salvação das almas continua, se não iguais, maiores do que antes".

Há um pequeno (ou grande) equívoco nesta argumentação. Entendo pela Bíblia Sagrada, que as manifestações e sinais citados pelo pregador, não evidenciam por si só, a aprovação de Deus sobre a vida e o Ministério de ninguém. Sobre o "rejeitado" Saul (1 Sm 15.22-28), veio ainda o Espírito de Deus, e o mesmo profetizou (1 Sm 19.20-24). Jesus advertiu veementemente: "Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." (Mt 7.22-23)

Não julgo aqui a sinceridade do referido obreiro, só que seus argumentos não servem para respaldar sua "conduta inconveniente". Conheço pastores e pregadores que viveram anos cometendo pecados graves, sem que a obra sofresse em suas mãos, e sem a cessação dos "sinais e maravilhas", incluindo cura divina através de seus ministérios.

Não são os sinais, mas sim a qualidade dos "frutos" que identificam aqueles que fazem ou não a vontade de Deus (Mt 7.14-21)


2. Cura divina como agente de promoção pessoal – Nada é tão promocional como um marketing pessoal fundamentado num ministério de operações de maravilhas e cura divina. Tais pessoas não estão interessas em glorificar a Deus, mas sim, de se autopromoverem à custa daquilo que não lhes pertencem. O marketing pessoal é um instrumento que mascara muitas vezes a realidade. Até quando o “parecer” prevalecerá sobre o “ser”? A aparência sobre a essência? Para estes cabem as palavras de Pedro dirigidas para Simão (o mágico) “Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.” (At 8.21). Por outro lado, muitos crentes acabam “idolatrando” os obreiros e irmãos que foram agraciados com os dons de curar (1 Co 12.9b), tratando-os como supercrentes ou superpastores.

3. Cura divina como produto do “Mercado da Fé” - A situação de extrema pobreza e miséria, enfrentada por nosso povo, é a mola propulsora para o sucesso dos mercantilistas da fé, que acabam promovendo o crescimento de "igrejas", que na realidade tornaram-se grandes centros de investimentos fé-nanceiros (não confundir com financeiros), hospitais de exploração (não confundir com restauração), e clínicas ilusiológicas (não confundir com psicológicas).

“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita.” ( II Pe 2.3 )

Usar a cura divina como fonte de lucro não é coisa tão difícil. Uma boa oratória e uma aparência agradável, seguidos da fé simples das massas manipuláveis bastam para ganhar alguns reais (ou dólares). É preciso lembra que isto se torna possível, visto que a fé é produzida pela palavra pregada e não pelo pregador:

“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.” (Rm 10.17)

4. Cura divina como instrumento de barganha – “Senhor, se tu me curares, ou curares minha esposa, meu filho, minha sogra, prometo que te servirei de maneira diferente. Vou trabalhar para ti incansavelmente, te darei o dízimo com fidelidade, obedecerei ao meu pastor, farei tudo que quiserdes”. Você já ouviu esta oração em algum lugar? Pois bem, ela nem sempre retrata um estado de profundo quebrantamento. Em boa parte dos casos trata-se de mera barganha. Vivemos um momento tão crítico que as pessoas só fazem as coisas (inclusive para o Senhor) se vislumbrarem antes algum tipo de vantagem. O apóstolo Paulo, um dos grandes homens que foram usados por Deus como canal de bênçãos e cura divina para muitas pessoas se expressou da seguinte forma: “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas.” (2 Co 12.15a). E ainda “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.” (2 Co 9.7)

5. Cura divina como ação meramente humana e natural – Os céticos, os liberais, os naturalistas e os materialistas, fazem parte de um grupo que não acreditam ou duvidam da existência dos milagres. Declaram, como fez o teólogo alemão Bultmann (1884-1976) numa tentativa de adaptar o Evangelho a uma cosmovisão moderna, e de equacionar o problema entre “fé e razão” e “religião e ciência”, que o Evangelho precisa ser demitologizado, ou seja, os mitos precisam ser destruídos criticamente.

As narrativas bíblicas do A.T e N.T. acerca das curas operadas pela ação de Deus (e por isso sobrenatural), não são narrativas mitológicas, são fatos inquestionáveis que não fazem parte apenas de um passado distante. Hoje, em pleno século XXI, o Senhor continua agindo e por meio da fé operando curas no meio e através do seu povo.

Ele continua sendo “o Senhor que te sara.” (Êx 15.26)

יְהוָה,רֹפְאֶךָ

sábado, 27 de outubro de 2007

A PROMESSA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


Optei por abordar neste breve comentário, alguns equívocos de interpretação relacionados ao Batismo no Espírito Santo. São Eles:

1. Fórmulas e métodos para recebê-lo - Não existem fórmulas ou métodos para se receber o Batismo no Espírito Santo. É comum no meio pentecostal você ouvir orientações do tipo abra a boca, grite, dobre a língua, dê glória, dobre os joelhos, jejuem, se santifique e outras. O Batismo no Espírito Santo pode acontecer em qualquer dessas circunstâncias ou situações, mas não necessariamente. Existe apenas um pré-requisito: ser nascido de novo. Já contemplei várias vezes, no ato da conversão, pessoas serem batizadas e falarem em línguas sem nunca terem tido um conhecimento prévio sobre a existência de tal fenômeno.

Existem alguns movimentos no Brasil que ensinam até as pessoas a falarem em línguas.

O texto de Lucas 24.49b diz "permancei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder". Perceba que não existem nenhuma fórmula "mágica" ensinada por Jesus. Nós é que por vezes gostamos de complicar as coisas.

Em Atos 2. 1-4 lemos "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem." Sem dúvida alguma, os discípulos estavam desejosos que a promessa se cumprisse, contudo, apenas creram e esperaram. Não estamos aqui descartando o valor da oração, nem declarando que o cristão não deva orar pedindo o batismo. Estamos sim, afirmando que o Batismo no Espírito Santo não está preso a nenhum rito.

Certa vez, estava ministrando uma aula sobre o Batismo no Espírito Santo na escola do discipulado, quando de repente uma irmã foi batizada. Conheço ainda testemunhos de pessoas que foram batizadas trabalhando, tomando banho, esperando ônibus, dormindo (acordou falando em línguas) e em outras situações.

2. Caráter e Batismo no Espírito Santo - O Batismo no Espírito Santo não transforma o caráter do cristão. Nosso caráter é transformado pela santificação operada pela Palavra de Deus:
"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17) e pela ação do Espírito, que habita em todo cristão que já nasceu de novo "Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. Não nos tornemos vangloriosos, provocando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros." ( Gl 5.22-26).

Conheço pessoas que são batizadas no Espírito Santo, falam em línguas, mas, dão um péssimo testemunho como maridos, esposas, pais, filhos, empregados, patrões, etc. Carima e caráter deveriam andar juntos, embora nem sempre isso acontece.

3. Cristãos de primeira classe - Existem cristãos que se vangloriam diante de outros por serem batizados no Espírito Santo. Pensam que de alguma forma se tornaram "melhores" que os demais. Pura tolice e engano. O Batismo no Espírito Santo não cria uma classe especial de cristãos, apenas capacita os mesmos para fazerem a obra de Deus, testemunhando de Jesus com maior eficiência e eficácia conforme Atos 1.8 "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra."

4. Exclusividade e temporariedade - O Batismo no Espírito Santo não pertence exclusivamente a nenhuma denominação evangélica e nem está limitado a um momento histórico único. Diz a Bíblia "Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar." (At 2.39).

Certamente existem outros equívocos de interpretação que poderíamos listar, mas penso que estes aqui relacionados já poderão contribuir com os professores de EBDs para a lição bíblica do próximo domingo.

Como os leitores deste blog são de diversas confissões e denominações, vale lembrar que nossa posição neste post está fundamentada numa "teologia pentecostal".

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Dinâmica para a lição A Promessa da Salvação

Aqui vai uma excelente dinâmica para a Escola Dominical, na lição do próximo domingo:
http://www.escoladominical.com.br/abre_dica_pdf.asp?arq=dicas/101/101_2150.pdf

sábado, 13 de outubro de 2007

4º Trim./2007 - Lição 2 - I. Entendendo a Soberania de Deus.

I. ENTENDENDO A SOBERANIA DE DEUS.

1. Deus é soberano em seus atributos.

Duas palavras, neste tópico devem ser analisadas:

Soberano - [Do lat. vulg. superanu, 'que está de cima'.] – Seg. Aurélio - Que detém poder ou autoridade suprema, sem restrição nem neutralização; Dominador, poderoso; Supremo, absoluto. Adjetivos que retratam bem a Deus como o Soberano criador do céu e da Terra.

Atributo – [Do Lat. Attributu] – Seg. Aurélio - Aquilo que é próprio de um ser; Característica, qualitativa ou quantitativa.

Neste ponto destacam-se algumas referências do COMENTARISTA, com relação aos atributos de Deus. São eles:

Eternidade - Infinito: “O que não tem fim” - Não finito; sem fim, termo ou limite; infindo: de duração, Inumerável, incalculável, incontável.

No caso de Deus, como sendo Ele infinito, atribui-se também o fato de que Ele não foi criado, mas é criador de todas as coisas: Is. 43.13a “ainda antes que houvesse dia, Eu sou...” e Is. 66.2a “Porque a minha mão fez todas as coisas, e todas vieram a existir”, fala da pré-existência de Deus.


Onipresente: Se pesquisado nos dicionários da língua portuguesa, irá referenciar a palavra: UBÍQUO.

Apesar dos homens terem dificuldade de entender a onipresença de Deus, esta característica, também particular, lhe dá o poder de conhecer todos os pontos do universo, seja físico ou espiritual ao mesmo tempo. Pv. 15.3 “Os olhos do Senhor estão em todo o lugar...” e Jr. 23.24 “Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? ...porventura, não encho Eu os céus e a terra?”


Onisciente – Seg. Aurélio – O que sabe tudo ou todas as coisas.

Este atributo de Deus permite-lhe conhecer e saber todas as coisas existentes e ainda por existirem. Jó 26.6 “O além esta desnudo perante Ele...” e Sl. 139.4 “Ainda a palavra não me chegou à língua, e Tu, Senhor, já a conheces toda.” e Sl. 147.5b “... o Seu entendimento não se pode medir” e 1 Jo 3.20c “... e conhece todas as coisas.”


Onipotente – Seg. Aurélio – Que tem poder absoluto e infinito; Autoridade ou soberania absoluta.

Incontestavelmente, um atributo exclusivo de Deus. Jó 42.2 “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos Teus pensamentos podem ser impedidos” e Lc. 1.37 “Pois para Deus, nada é impossível”


Imutável – Seg. Aurélio - Não sujeito a mudança; imudável

Raimundo F. de Oliveira, define: A imutabilidade é aquela perfeição, mediante a qual, Deus não está sujeito a qualquer mudança, não somente no seu Ser, mas também nas suas perfeições, propósitos e promessas. Ml. 3.6a “Eu o Senhor não mudo...” e Tg. 1.17c “...em quem não há mudança nem sombra de variação”



2. Deus é soberano em sua vontade.

Diz o comentarista...

“A despeito de haver da parte da humanidade e...” - Acreditamos que há uma redundância da parte do comentarista da lição bíblica, quando diz que o homem (a humanidade), é também responsável pelas tentativas de atrapalhar (frustrar) os planos e projetos de Deus, pois entendemos que o homem por si só, não possui o conhecimento suficiente, e o objetivo de atrapalhar a Deus. Sabemos que todas as vezes que o homem fez algo contrário à vontade de Deus, ele o fez induzido pelo próprio diabo. Gn. 3.1-6 – Fala da queda do homem, induzido(a) pela serpente (o diaboAp. 12.9).

sábado, 6 de outubro de 2007

As Promessas de Deus para a sua Vida!

Sob a perspectiva deste grandioso tema, estaremos estudando a lição bíblica da CPAD referente ao 4º trimestre de 2007. Esta lição foi comentada pelo Pr. GEREMIAS DO COUTO, tendo como consultor doutrinário e teológico o Pr. ANTÔNIO GILBERTO.

A lição está subdividida em 13 riquíssimos temas:

1ª Semana - "O CARATER DAS PROMESSAS DE DEUS"

2ª Semana - "AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA"

3ª Semana - "A PROMESSA DA SALVAÇÃO"

4ª Semana - "A PROMESSA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO"

5ª Semana - "A PROMESSA DA CURA DIVINA"

6ª Semana - "A PROMESSA DA PAZ INTERIOR"

7ª Semana - "A PROMESSA DA VERDADEIRA PROSPERIDADE"

8ª Semana - "A PROMESSA DE UM LAR FELIZ"

9ª Semana - "A PROMESSA DE UMA VELHICE FELIZ E FRUTÍFERA"

10ª Semana - "A PROMESSA DE SEGURANÇA NUM MUNDO INSEGURO"

11ª Semana - "A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO"

12ª Semana - "A PROMESSA DE NOSSA ENTRADA NO CÉU"

13ª Semana - "COMO ALCANÇAR AS PORMESSAS DE DEUS"


Aguardemos a 1ª Lição...

4º Trim./2007 - Lição 1 - Introdução à etimologia da palavra hebraica promessa

Trouxemos aqui uma rápida introdução á etimologia da palavra hebraica promessa. Estamos abertos a debates neste tema. Por favor, nos incomodem!

Há, em hebraico, ao menos duas palavras cuja raiz expressa diretamente uma promessa ou juramento. A primeira é alah, e diz respeito ao compromisso objetivo, à descrição do que é acertado. Alah é da mesma raiz de Elohim, daí não ser novidade que Deus é um Deus que se compromete e cumpre (Jr 1:12). E a segunda dabhar diz respeito ao ato e à palavra emprenhada para a consecução do compromisso. Davar se refere ao emprego de palavras onde se promete alguma coisa, tenha o promitente consciência de suas implicações ou não. O substantivo alah ocorre muito mais vezes que o verbo no texto original, apesar de terem o mesmo formato. Uma conotação paralela vem da palavra berith, que significa aliança. De modo que quando alguém faz uma aliança (berith) com alguém, jura (alah) através de sua palavra (davar).

Nos relatos mais antigos de juramentos e alianças não existem documentos escritos, assinaturas reconhecidas em cartório, ou coisas semelhantes, para que alguém cumpra o que prometeu. Apenas a palavra é suficiente, muitas vezes assumida publicamente, à porta das cidades, na presença dos mais velhos, como recomendavam as tradições mais arcaicas. Expressa tanto juramentos entre homens, como Abraão fez com Eliezer em Gn 24, como entre Deus e os homens em Gn 6:18. Promessas do ponto de vista de Deus não precisam de assinaturas de qualquer natureza, afinal ele não é o homem para que minta (Nm 23:19)! Do ponto de vista do homem há vários exemplos de juramentos escritos, alguns dos quais do homem para com Deus, como muitos dos Salmos. O Salmo 119, por exemplo, é um juramento para seguir a Lei do Senhor.

A palavra é, portanto, a verbalização do contrato assinado mentalmente (intencionalmente) entre as partes. Documentos antigos mostram que quando o juramento tinha vulto, os contratantes imolavam e dividiam os pedaços de alguns animais. Em seguida, passavam por entre aquelas partes como a testemunhar que assim deveria ser feito a quem falhasse. É exatamente o que acontece em Gn 15:17, quando Deus se apropria de um simbolismo humano, para mostrar a Abraão seu empenho no acerto. Ainda que no caso em apreço Abraão tenha falhado, Deus permaneceu cumprindo sua parte, inclusive, exigindo em Jesus a morte que não recaíra sobre Abraão. Ainda assim, a parte cerimonial da promessa não foge da palavra entre os participantes.

No Velho Testamento há promessas de vitória (Êx 3:8) e de derrota (Dt 28:20). Deus é justo o suficiente para zelar por ambas (Na 1:2). O mesmo empenho que Ele teve para fazer com que Abraão gerasse filhos na velhice apesar de seu sorriso zombeteiro (Gn 17:17), teve para espalhar Israel pelas nações por causa da idolatria (Compare Dt 4:27 com Ne 1:8), inclusive, uma parte das tribos que foi para a Assíria não voltou do cativeiro até os dias modernos. Como dizíamos é um compromisso, para o bem ou para o mal, para a morte ou para a vida. Ás vezes um compromisso de derrota, gera uma maldição, porque se repete através de diversas gerações (Dt 5:9), o mesmo ocorre com a benção que é perpetuada nos filhos (II Rs 15:12). Curiosamente, nós só esperamos de Deus promessas de vitória, mas não é isso apenas o que a Bíblia mostra.

Como os seres humanos se especializaram na arte de falhar com os compromissos assumidos, com outros e com Deus, as promessas divinas tomaram uma relevância importante, a ponto de um salmista desiludido afirmar: É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem (Sl 118:8), nem mesmo os príncipes são confiáveis (Sl 118:9). Quando adicionamos o ingrediente da morte, que fez com que muitas pessoas falhassem nas suas promessas, dada a finitude da vida, então restou somente Deus. E Ele não foge à sua responsabilidade quando, por exemplo, prometeu a Abraão que seus filhos voltariam para Canaã, após a quarta geração (Gn 15:16), e mesmo estando este homem ilustre morto há muitos anos, cumpriu!

Às vezes a promessa é um objetivo a ser alcançado com a ajuda de Deus. É o que aconteceu a Israel. Embora a terra que mana leite e mel estivesse prometida, Deus estaria “subordinado” á disposição do povo para conquistá-la. Quando eles lutavam adequadamente a vitória era certa, caso contrário eram entregues nas mãos dos inimigos (Jz 2:14). Isto acontece para que não pensemos que fomos nós que conseguimos a vitória (Jz 7:2), para que toda a honra, a glória e o louvor sejam dados a Deus. E para que nossa vigilância não dê lugar ao comodismo. Em outras palavras, pensaríamos “se Deus prometeu, então Ele que cumpra”.

Exceto, naquelas situações em que as forças humanas se acabam, quase sempre Deus usa o homem como instrumento do cumprimento de suas promessas. Até mesmo quando cumpre uma maldição. É o caso de Nabucodonosor, que Deus usou para cumprir seus juízos sobre várias nações (Ez 29:18,19). Foi a liderança de Josué, por outro lado, tonificada pela ordenança divina, que possibilitou a entrada em Canaã (Js 1:9).

Deus não está atrelado aos anos para cumprir suas promessas, basta-nos ver Gn 3:15. Do ponto de vista do homem, temos sempre pressa. Uma pressa que acaba personalizando nossa necessidade. Do ponto de vista de Deus, as coisas acontecem em pararelo umas com as outras, de maneira que situações diversas estão interconectadas. Deus promete a Abraão (Gn 15:16) que seu povo desceria ao Egito, somente para que não pereça na fome em Canaã. Uma atitude que soa desconcertante, mas que José capta bem (Gn 45:5-7). Jacó poderia pensar ser penoso que Deus não tenha o abençoado ali mesmo onde morava, mas a benção precisava repercutir. Quatrocentos e trinta anos depois é que houve o regresso. Logo, o abrangente relógio kairológico de Deus nem sempre se enquadra no restrito relógio cronológico humano (Is 55:8). Assim se expressa o salmista: Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite (Sl 90:4).

Em alguns casos um posicionamento errado do homem pode anular uma aliança de Deus (que deve ser compreendida como um rol de promessas de ambos os lados). Foi o que aconteceu a Saul, em I Sm 15. A ordem que foi-lhe dada era para destruir tudo dos amalequitas. Mas não foi cumprida. Então Deus anulou a escolha que havia feito (I Sm 10:24) e pôs outro em seu lugar (I Sm 28:17). O que nos leva a concluir que escolhas erradas possam mudar o curso de uma promessa de Deus em nossa vida. De fato, ações erradas de nossa parte podem, conforme diz a Palavra de Deus, até mesmo abreviar a vida (II Cr 35:21). Por outro lado, promessas de morte podem se tornar em promessas de vida, quando alguém ora ao Senhor, foi o que aconteceu a Ezequias (Is 38:21).

4º Trim./2007 - Lição 1 - O Significado da Palavra Caráter

A palavra CARÁTER do grego , segundo o Dicionário Aurélio, possui muitos e abrangentes significados. Dentre eles destacamos os seguintes:

1º) ESPECIALIDADE, especificidade; cunho, MARCA.

2º) QUALIDADE inerente a uma pessoa, animal ou coisa; o que os distingue de outra pessoa, animal ou coisa.

3º) O conjunto dos TRAÇOS PARTICULARES, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, NATUREZA, temperamento


- Com isso, poderíamos desenvolver o tema de nossa primeira lição, em diversas outras formas.

Poderíamos transcrevê-la como:

A ESPECIALIDADE ou MARCA DAS PROMESSAS DE DEUS – Especialidade, fala da FORMA ESPECIAL, de como Deus planejou e nos outorgou as suas promessas. Jo. 3.16Deus amou o mundo de uma TAL MANEIRA... – De uma maneira especial, ele executou a promessa da redenção.

A QUALIDADE DAS PROMESSAS DE DEUS – Qualidade, claro que tratando-se de Deus é uma boa qualidade, dos projetos de Deus. As promessas de Deus, não são promessas vagas e ou sem sentido ou sem a certeza de que haverá o cumprimento dessas promessas. Is. 55.11Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará...” – Prosperará, fala de que terá efeito, será executada.

OS TRAÇOS PARTICULARES DAS PROMESSAS DE DEUS – Traços Particulares, fala também da PECULIARIDADE, daquilo que só é encontrado nas promessas feitas por Deus, pois ninguém que faça uma promessa, a poderá cumprir à risca, sem desvios ou sem atropelos ou sem falta. 2 Pe. 3.9Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada, pelo contrário, Ele é longânimo para ...” – Mesmo que a promessa de castigo para um mundo perverso, pareça que não vai se cumprir, isto ocorre porque Ele é longânimo, aguardando o arrependimento dos homens.

O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS

Lendo o comentário da primeira lição bíblica do 4º. Trimestre/2007, resolvi destacar alguns aspectos das promessas de Deus, e suas relações com o próprio Deus, com a interpretação bíblica e com as promessas não textuais.

Torna-se bastante interessante nesse início de trimestre, uma análise etimológica do termo “promessa”. Para isto, consulte o post INTRODUÇÃO A ETIMOLOGIA DA PALAVRA PROMESSA.

1. PROMESSA E SOBERANIA DIVINA

As promessas de Deus estão fundamentadas em sua Soberania. Segue abaixo algumas definições de Soberania divina:

“Soberania não é uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa oriunda das perfeições do Ser Supremo. Se Deus é Espírito, e portanto uma pessoa infinita, eterna e imutável em suas perfeições, o Criador e preservador do universo, a soberania absoluta é um direito seu. A infinita sabedoria, bondade e poder, com o direito de posse que pertence a Deus no tocante às suas criaturas, são o fundamento imutável de seu domínio (cf. Sl 115.3; Dn 4.35; 1 Cr 29.11; Ez 18.4; Is 45.9; Mt 20.15; Ef 1.11; Rm 11.36) .” (HODGE, p. 331, 2001)

“O termo soberania, denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que esteja sob sua jurisdição. Um “soberano” pois, exerce plena autonomia e desconhece imunidades rivais. Quando aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre sua vasta criação. Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter que prestar contas a qualquer vontade finita. Conforme se dá com outras idéias teológicas, o termo não figura nas páginas da Bíblia, embora o conceito seja reiterado por inúmeras vezes. Para tanto, as Escrituras apelam par a metáfora de “governante e súditos [...] (Dn 4.25; 1 Tm 1.25). (CHAMPLIN, p. 242, 2001)

“Autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios. A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto e necessário – todos precisamos dele para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.” (ANDRADE, 265, 1998)

A onipotência, o caráter e a imutabilidade de Deus lhe concedem o poder de fazer suas promessas e cumpri-las. Sua soberania lhe outorga o direito de fazê-las a quem, onde, quando e como quer.

2. PROMESSA E INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Para quem são as promessas escriturísticas de Deus? Para termos uma resposta sem margem de erro, é necessário utilizar-se das ciências da interpretação bíblica. São elas:

- A HERMENÊUTICA: Conforme Bentho (p. 55, 2003) “Hermenêutica é a disciplina da Teologia Exegética que ensina as regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplicá-la corretamente. Seu objetivo primário é estabelecer regras gerais e específicas de interpretação, a fim de entender o verdadeiro sentido do autor ao redigir as Escrituras. É a ciência da compreensão de textos bíblicos.”
- A EXEGESE: Segundo Zuck (p. 21, 1994) “A exegese pode ser definida como a verificação do sentido do texto bíblico dentro de seus contextos histórico e literário. A exposição é a transmissão do significado do texto e de sua aplicabilidade ao ouvinte moderno.”

Tais ciências, no tocante ao conhecimento dos destinatários das promessas, se revestem de singular, notória e inquestionável importância.

É preciso lembra nesse contexto, que é um grande absurdo, e plenamente contrário a seriedade e responsabilidade da aplicação das promessas de Deus, o uso das chamadas “caixinhas de promessas”, que na realidade, deveria ser chamada de “caixinha de bênçãos premeditadas”.

3. PROMESSAS E O DOM DE PROFECIA

Mais complicado e difícil do que interpretar, validar e aplicar as promessas bíblicas é fazer o mesmo com as promessas não textuais, oriundas de profecias (1 Co 12.10, 28, 29; 14.1-5, 29-33).

Toda promessa não textual, precisar estar em conformidade com a palavra de Deus. Deus pode fazer através do “dom de profecia”, promessas específicas para a sua igreja em termos gerais ou individuais nos dias de hoje? Creio que sim. Conforme o próprio comentarista da lição, Pr. Geremias do Couto “Os conceitos expressos em cada uma dessas promessas são válidos para nós, hoje, pois Deus pode e quer tratar conosco segundo os mesmos padrões” ( p. 7, 2007)

Cabe nesse caso, a orientação de Paulo quanto a necessidade de julgar essas profecias (1 Co 14.29)

4. CONCLUSÃO

Concluirei esse breve estudo, com o estribilho do hino 459 da harpa cristã:

“De Deus mui firmes são as promessas, falhando tudo, não falharão; Se das estrelas o brilho cessa, mas as promessas brilharão!

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia Sagrada (ARA). SBB
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R. N. Champlin. Hagnos
- Dicionário Teológico. Claudionor Corrêa de Andrade. CPAD
- Harpa Cristã. CPAD
- Hermenêutica: fácil e descomplicada. Esdras Costa Bentho. CPAD
- Interpretação Bíblica. Roy B. Zuck. Vida Nova
- Lições Bíblicas 4º. Trimestre/2007 (mestre). CPAD
- Teologia Sistemática. Charles Hodge. HAGNOS

4º Trim./2007 - Licão 1 - I. O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS

I. O CARÁTER DAS PROMESSAS DE DEUS

1. As promessas de Deus são um ato da Sua vontade.

Diz o comentarista...

Em 3.15 de Gênesis, diz respeito à primeira promessa que descortina a história da Salvação;

“...este te ferirá a cabeça”, fala da vitória esmagadora, conquistada pelo Senhor Jesus na cruz do calvário, dando oportunidade a humanidade, de mais uma vez ter comunhão com Deus.


2. Classes de promessas de Deus.

Diz o comentarista...

Certas promessas divinas são incondicionais;

Algumas pessoas acreditam que todas as promessas que Deus faz ao homem, Ele as cumprirá independente de qualquer coisa, porque “Deus não se arrepende”, “Deus não é o homem para que minta”. Um engano, porque Deus é aquele de em muitas passagens diz: “Se o povo...” como o escrito em 2 Cr. 7.14 e Jr. 18.7-10 “Quando Eu falar contra uma não, e contra um reino... se tal nação... se converter da sua maldade... Eu me arrependerei do mal que pensava... ... em algum tempo Eu falar de uma nação ou reino para a edificar e para plantar... então Eu me arrependerei do bem que ia lhe fazer.”

A promessa incondicional de Deus para um homem, ocorreu apenas com ABRAÃO: Gn. 15.5-18 “Assim será a tua descendência... A tua descendência dei esta terra...”. No texto de Gênesis, trata da escolha de alguns animais para algo que parecia um sacrifício, porém era na realidade, segundo as tradições, uma das formas que duas ou mais pessoas (partes) usavam para fazerem acordos ou pactos. Consistia no processo de que as pessoas envolvidas naquele pacto, deveriam passar juntas pelo meio dos cadáveres dos animais, ali divididos ao meio, confirmando assim o pacto entre eles, porém no caso de Abraão, diz a bíblia que ele foi tomado de um profundo sono e que ao por do sol: vs.17 e que depois “...houve densas trevas, e um FOGO FUMEGANTE e uma TOCHA DE FOGO apareceram, e passearam por aquelas metades.”

No caso desta passagem, Abraão não passou junto com Deus entre as metades dos animais, apenas Deus, se manifestou naquela ocasião, com isto, dizendo que independente da condição de Abraão poder cumprir a sua parte no pacto ou não, Deus iria cumprir com a Sua, fazendo da descendência de Abraão uma grande nação e que eles possuiriam aquela terra.


3. As promessa de Deus independem das circunstâncias.

Diz o comentarista...

Em muitas ocasiões Satanás tentou obstar “impedir ou atrapalhar”, a promessa de Salvação ao longo da história, mas fracassou...

Parece desconhecido à muitos, que o diabo tenha tentado atrapalhar o projeto de Deus. Há os que acreditam que “HOUVE FESTA NO INFERNO”, quando Jesus foi morto na cruz do calvário. Se houve alguma coisa no inferno, foi TRISTEZA, porque “sabiam” que o evento do calvário, havia confirmado a sua derrota por completo.

No tempo da rainha Ester (entre 485-465 aC.), um príncipe do reinado Persa, HAMÃ, filho de Hemedata, o agagita, intentou destruir a Mardoqueu ou (Mordecai), PRIMO (não tio, como alguns pensam: Et. 2.5-7) da rainha ESTER, e achando pouco, planejou também a destruição de todo o povo Judeu. Et. 3.6-15.

Antes do seu sacrifício, Jesus foi interpelado por Pedro para que não se submetesse a sua morte. Mt. 16.20-23 “Senhor, tem compaixão de Ti...” e Jesus retruca “Para Traz de mim, Satanás!”, era mais uma tentativa do Diabo de impedir os planos de Deus, agora tentando fazer com que Jesus não aceitasse o sacrifício da cruz.


Referência Bibliográfica:

BÍBLIA DE THOMPSON – Vida
BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA – SBB


4º Trim./2007 - Licão 1 - I - CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PROMESSAS DE DEUS

Desejo tecer duas considerações importantes sobre as promessas de Deus:

Em primeiro lugar, o que deve nos fascinar em relação às suas promessas é o fato de Ele se obrigar em graça, com o que nos promete.
Não há qualquer obrigação da parte de Deus em cumprir sua promessa em nossa vida, mas Ele faz questão de manter sua palavra. Na sucinta análise etimológica da palavra promessa no original hebraico, eu frisei que Deus manteve-se fiel a Abraão, Isaque e Jacó, mesmo quando já estavam mortos! Lucas registra que Jesus disse que Deus era Deus de vivos e não de mortos, para ele vivem todos (Lc 20:38). Logo, Deus empenha e cumpre sua Palavra, mesmo quando para nós a esperança acabou.

Os modernos movimentos neopentecostais pregam uma reinvindicação de nossos direitos, como se merecêssemos algo da parte de Deus. Se pudesse ser feita uma contabilidade entre nossos pecados e erros e a misericórdia divina, mesmo com nossa resposta positiva à salvação, certamente nenhum saldo positivo sobraria a nosso favor. O perdão que recebemos não foi gratuito, foi pago com a mais cara de todas as moedas. Como Deus sabia que nós não podíamos pagar, lançou na conta de Jesus! Portanto, é uma tendência antibíblica, inspirada por aquele que não sendo nada, desejou ser maior que o Criador.

É lamentável que enquanto precisamos, com urgência, de crentes fascinados com a soberania das promessas divinas, muito estejam exigindo algo a que não têm direito por natureza, mas que Deus dá soberanamente conforme a sua vontade, para alguns.

Em segundo lugar, ainda não sabemos distinguir muito claramente a divisão entre as promessas de Israel e da igreja, nem as promessas do presente e do futuro.
Mesmo inconscientemente, continuamos a clamar por muitas promessas de Israel que jamais se cumprirão na igreja. Questões como um governo teocrático centralizado, de possessão da Terra Prometida, entre outras, devem ser compreendidas no referido contexto. Por que, por exemplo, esta tentativa exarcebada de esmagar a cabeça do Diabo hoje? Paulo, escrevendo aos Romanos, citou o momento histórico-escatólogico no qual tal evento acontecerá (Rm 16:20), mas com certeza não será ontem ou hoje. Fazemos questão de misturar o vindouro com o presente, as promessas para Israel com as da Igreja. Desconfio que algumas supostas promessas não foram ainda alcançadas porque não são para nós!


Precisamos reler a parábola de Mateus 20!

4º Trim./2007 - Lição 1 - II. PARA QUEM SÃO AS PROMESSAS DE DEUS.

II. PARA QUEM SÃO AS PROMESSAS DE DEUS.

1. Promessas Gerais.

Diz o comentarista...

São para todos os que crêem...

Há pessoas equivocadas que limitam a graça salvífica, outorgada por Deus para a humanidade mediante o sacrifico de Cristo, criando meios e métodos, distinguindo pessoas pelas características que elas apresentam, ou por costumes que elas possuem, limitando assim o projeto de Deus que é para todo o mundo: Jo. 3.16, quando João diz o MUNDO, refere-se a TODAS as pessoas na face da terra, criação de Deus.

Em apocalipse fala de uma grande multidão, que ninguém poderia contar Ap. 7.9 “... vi uma grande multidão... ... de todas as nações, TRIBOS, POVOS e línguas...”. Tribos e Povos, nos falam de CULTURAS diferentes, TRAJES diferentes, e etc. Mesmo a bíblia contendo estas e outras informações, há aqueles que acreditam que só os crentes de uma determinada “igreja” vão ao céu.

Há também algumas “igrejas/seitas” que afirmam que apenas 144.000, terão direito e acesso ao céu. Com esta heresia, as “TESTEMUNHAS DE JEOVÁ”, mais um movimento filosófico do que propriamente uma “igreja”, fundada por CHARLES TAZE RUSSEL, nascido em 1854, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos, tem esta tese como uma das bases de sua doutrina. Esquecem-se de ler Ap. 7.4-7 “... cento e quarenta e quatro mil (144.000), de todas as tribos DOS FILHOS DE ISRAEL...”. Também se esquecem de que se for feito um censo, dos “testemunhas de Jeová” ao longo do tempo, eles verão que o número de adeptos deste movimento, somando-se os que já morreram com os que ainda vivem, com certeza, ultrapassa os 144.000, e o que acontecerá com a sobra destes?

Faremos aqui uma sinopse dos últimos três tipos de promessas encontradas na lição.

2. Promessas individuais.

3. Promessas para Israel.

4. Promessas para a Igreja.


Existem muitos equívocos doutrinários, com relação às promessas e profecias bíblicas relacionadas a pessoas, ao povo Judeu (Israel) e a Igreja, e isto têm causado inúmeros problemas. Muitas vezes elas são trocadas, também pela dificuldade de interpretá-las.

Há aqueles que colocam as promessas e profecias, exclusivamente para o povo de Israel, como sendo acontecimentos também para a Igreja do Senhor Jesus. Uns dos textos mais confundidos são os de Mt. 24, em que alguns atribuem aquelas profecias bíblicas, também à igreja de hoje. Porém os acontecimentos de Mt. 24, estão relacionados, quase que na sua totalidade a nação de Israel, principalmente o que se refere ao período da grande tribulação. Dn. 9.20-27.

O Senhor Jesus, ainda entre os seus discípulos disse, com relação à igreja: Mt. 16.18 “... e as portas do inferna não prevalecerão contra ELA.”, ELA é a Igreja, que não poderá ser impedida pelo inferno em hipótese alguma. Ela como Igreja, é mais poderosa do que as barreiras criadas pelo inferno. Isso, porém, não quer dizer que um indivíduo, possa se arrogar do direito de, sendo parte desta igreja, ele ou ela só, tenha poder de prevalecer contra os principados e potestades.


Referência Bibliográfica:

Seitas e Heresias – Raimundo F. de Oliveira – CPAD
Religiões, Seitas e Heresias – J. Cabral – UNIVERSAL PRODUÇÕES


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

4º Trim./2007 - Lição 1 - III. O PROPÓSITO DAS PROMESSAS DE DEUS.

III. O PROPÓSITO DAS PROMESSAS DE DEUS.

1. Redimir seu povo.

Queremos enfatizar que as promessas de Deus implícitas na bíblia, possuem um GRANDIOSO propósito visto por Deus, desde a fundação do mundo. Ap. 13.8 “... do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Ao que nos parece, o objetivo de Deus, era de que o seu povo (os Judeus) recebesse a Jesus e fossem propagadores desta Boas Novas, porém eles o rejeitaram. Jo. 1.11 “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”. Sabendo Deus que o homem por si só e também apoiado pela Lei (dos Judeus), não conseguiria salvar-se, providenciou um cordeiro. Gn. 8.22 “Deus proverá para si O Cordeiro...”. João o batista (o que batiza), pronunciou para todos quantos poderiam ouvir: Jo. 1.29 “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. Baseado nestes e em outros versículos, podemos afirmar que o propósito das promessas de Deus, nada mais é de redimir a toda humanidade. Aqueles que aceitam o sacrifício de Cristo e mantém as suas vestes brancas. A esses foi lhe dado o direito de serem feitos Filhos de Deus. Jo. 1.11.


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Evasão na Escola Bíblica Dominical

FALANDO DA ESCOLA SECULAR...

Esta matéria é parte, e foi retirada do relatório produzido sobre o COMBATE A EVASÃO ESCOLAR, a cerca de 10 anos tomando como base o município de SANTA MARIA, situado no centro do estado do Rio Grande do Sul, onde a condição social do povo brasileiro, é muito melhor em relação aos Estados da região Nordeste. Em 1998, a rede municipal tinha 17.953 estudantes, somando-se os da zona urbana com os da zona rural. No ano de 1996, o índice de evasão escolar estava em torno de 4,02%, o que queria dizer que dos 17.953 que iniciavam o ano letivo, 722 alunos, jovens e crianças, abandonavam a escola. Foi criado um projeto pela Secretaria Municipal de Educação – Projeto Combatendo a Evasão Escolar. No primeiro ano da implantação deste projeto, o índice de evasão escolar caiu para apenas 1,34%. Em 1998, a evasão escolar reduziu-se a 0% (Zero).

Em todo o Brasil segundo o Ministério da Educação e Cultura, a reprovação e o abandono escolar, atingem 27% dos alunos.

Mais detalhes no link abaixo.

http://inovando.fgvsp.br/conteudo/documentos/20experiencias1998/16%20-%20combate%20a%20evasao%20escolar.pdf

É claro que muitas circunstâncias levam crianças, jovens, adolescentes e até adultos a abandonarem as salas de aula, detre eles problemas de visões, auditivos, financeiros, psicológicos, traumas e etc. A lista pode ser muito grande.


FALANDO DA ESCOLA DOMINICAL...

Qual ou quais os motivos que levam a evasão na ED?

Recentemente fizemos um estudo em uma igreja, entre seus membros e congregados sobre a sua participação na EBD.

Dentre os motivos para o não comparecimento freqüente a EBD, estão:
Nos quadros, estão somados a quantidade de respostas. Não colocamos todas!

8º lugar – Empatados: Aos domingos costumo dormir até mais tarde e Os assuntos apresentados na Lição não são interessantes.

Aparentemente as pessoas que não se interessam pela escola dominical, acham os assuntos irrelevantes. Talvez isso seja reflexo do resultado que ficou em 1º lugar em nosso questionário, aliado ao 7º lugar – “Não consigo entender...” e ao 5º lugar – “Nunca tive o costume de freqüentar...

7º lugar – Empatados: Não consigo entender e ou assimilar os assuntos ensinados, Tenho medo de receber oportunidade e O domingo eu uso para o meu lazer.

Acreditamos que o fato de o aluno não entender os assuntos ensinados, passa pelo conteúdo do professor - 1º lugar, aliado a problemas pessoais, culturais, sociais e psicológicos, até porque, a maioria dos que usaram desta resposta, também acentuaram o medo em receber oportunidades.

Quanto ao uso do domingo, direcionado exclusivamente para o lazer, denota a falta da cultura de se ir a ED – parte do 5º lugar – “Nunca tive o costume de freqüentar...”. Talvez por costumes familiares e ou crentes neófitos, ainda influenciados pelos costumes do velho homem.

6º lugar – O barulho durante a aula.

Este tem sido uma das maiores influência para a evasão escolar, pois atrelado ao barulho, outros problemas são somados: o barulho pode causar a falta de concentração e a não compreensão do assunto aplicado.

Veja mais no link: http://altairgermano.blogspot.com/2007/08/uma-escola-do-barulho.html


5º lugar – Empatados: No horário estou cuidando dos afazeres da minha casa e Nunca tive o costume de freqüentar a ED.

Esta questão, esta intrinsecamente ligada ao 8º e 7º lugar.


4º lugarA falta de organização por parte da direção da ED.

Esta opção, tem ligação com o 3º lugar, pois a organização da ED, passa muitas vezes pela estrutura física do templo. É claro que podemos ter um templo bem dividido, visando acomodar bem seus membros e congregados, contudo a direção da ED, não conseguir se organizar suficientemente a ponto de garantir o bem estar de seus alunos. Aliado a este problema também, existe o fato de que muitos pastores e líderes de congregações, não atuam visando o melhoramento das ED´s. Este trabalho deve ser feito em conjunto com as lideranças da igreja, buscando a melhoria, em todos os aspectos, dos trabalhos envolvendo não só a ED, como também os demais departamentos da igreja.

Veja mais no link: http://ebdweb.com.br/wp/2007/09/01/como-melhorar-a-escola-dominical


3º lugarA falta de estrutura física do templo.

O mesmo que o 4º lugar.

2º lugarA falta de ordem no horário de início e término da ED.

Este tem sido, em muitos lugares um grande causador da evasão na ED. Este tópico passa por parte do 4º lugar – “A falta de organização por parte da direção...”, quando a direção da ED, está perdendo-se em relação ao horário do trabalho da ED, estipulado pelas lideranças da igreja. Talvez esqueçam que, os componentes da ED, professores e alunos, também fazem parte de outros departamentos da igreja, e que estes poderão ter compromissos logo em seguida ao término da ED e ou no início da tarde. Este fato se complica, quando grande parte das nossas professoras e alunas, são donas-de-casa e que estas tem compromisso com a alimentação de sua família. Por esses motivos talvez, algumas irmãs tenham respondido o 5º lugar – “No horário da ED estou cuidando dos afazeres...


1º lugarA falta de conteúdo por parte do professor.

Infelizmente a campeã de todas. O professor deve ter em mente o que diz Rm. 12.7“...se é ensinar, haja dedicação ao ensino.” Segundo a versão dos melhores textos grego e hebraico, ou “...o que ensina esmere-se no fazê-lo.” Versão de Almeida – RA. Segundo do Dicionário Aurélio, dedicação significa - Qualidade de quem se dedica; abnegação, consagração, devotamento, Afeição profunda; veneração e amor. Ainda segundo Aurélio, esmerar-se, significa - Adquirir ou mostrar esmero em; aperfeiçoar; polir, apurar: Esforçar-se por fazer as coisas com perfeição; trabalhar com esmero; ser o mais correto possível, Aplicar-se, aperfeiçoar-se. Esse deve ser o sentimento e a atitude do professor na sua vocação ao ensino.

Lembro-me de que de todas as vezes em que abandonei a ED na minha juventude, foi porque estava cansado de chegar à escola e ver o professor "jogar conversa fora", falar de assuntos não relacionados a lição em questão e ou preencher o tempo dando oportunidades para os alunos falarem, sem se quer ele haver dado qualquer ensino.

Lembro-me também que já na minha vida ministerial, participei de uma reunião com líderes de departamentos da igreja, dentre eles dirigentes de ED´s. Quando o pastor responsável pela reunião, deu oportunidade para os líderes se expressarem, um superintendente (dirigente) da ED, levantou-se e pediu ao pastor que orienta-se aos dirigentes de congregações a exigirem dos membros e congregados a participação maciça na ED. Fui obrigado a retrucar e informar aos irmãos tudo o que falei no parágrafo anterior, e que, se nós melhorássemos o conteúdo do nosso ensino, automaticamente os alunos se interessariam e retornariam a ED.

Veja mais nos links:

http://www.adbacabal.com.br/escolabiblica/salaprofessores.htm

http://prmarcostuler.blogspot.com/2007/07/competncias-imprescindveis-ao-ensino-na.html
Que Deus nos Ajude a melhorar-mos e nos aperfeiçoar-mos, para melhor fazer a sua obra!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Como Estudar no Blog da EBD...

Prezados Irmãos....

A proposta do BLOG DA EBD, é a de auxiliar os que compõem a Escola Bíblica Dominical, permitindo que os dirigentes, professores, secretárias (os) e alunos, recebam através dos ensinos aqui postados, subsidio para que possam entender e ensinar a outros.
Os assuntos aqui postados serão colocados a cada semana referente à lição que será estuda no domingo.

Ex. na semana entre os dias 01 e 07 de Outubro (1ª semana), estaremos estudando os assuntos referentes à 1ª Lição - "O Caráter das promessas de Deus", e assim por diante.

Os irmãos poderão colocar comentários que possam conter dúvidas ou elucidações, em relação aos assuntos da semana, fazendo com que mais pessoas possam aprender e dirimir suas dúvidas.

Os irmãos também poderão nos enviar e-mail´s, com dúvidas e sugestões, que teremos o maior prazer em respondê-los.

Qualquer outra questão entre em contato...

Para a nossa meditação, Rm. 12.7 "...se é ensinar, haja dedicação ao ensino."

A Graça e a Paz, que excede todo o entendimento.


Veja mais informações em "É necessário ao Professor da EBD..."

ou no link:

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

É Necessário ao Professor da EBD...

Colocaremos aqui, uma breve lista de materiais básicos que um Dirigente (superintendente), professor e ou aluno da EBD, precisa ter para exercer o ofício de estudar, compreender e ensinar a palavra de Deus.


Dicionário da lingua portuguesa de Aurélio

Um excelente dicionário da lingua portuguesa, deve ser talvez, a principal ferramente de trabalho de um professor depois da BÍBLIA SAGRADA. Entender o que se lê, passa primeiro pela compreenção do significado geral das palavras brasileiras. Entender gramatialmente os textos bíblicos, facilitará a compreenção e a interpretação das passagens bíblicas.
Existem também, outros excelentes dicionários da lingua protuguesa.

Pequena Enciclópédia Bíblica de Orlando Boyer

Esta obra é composta de Dicionário Bíblico, Concordância Bíblica, Atlas Bíblico e aproximadamente 10.000 verbetes. Nesta enciclopédia, o professor encontrará o significado da maioria das palavras bíblicas.

Como exemplo, destacamos duas palavras; GAZOFILÁCIO e FILACTÉRIOS.

Você às conhece? Não? Estas e outras palavras difíceis encontradas na bíblia, ele às explica.


As Grandes Doutrinas da Bíblia

Esta obra se destaca por conter, como o nome já o diz: AS GRANDES DOUTRINAS DA BÍBLIA, muitas vezes difíceis de entender por sua complexidade e extensão na bíblia. Porém nesta obra, as doutrinas são organizadas de forma prática e fácil, ajudando a compreenção do leitor.






Aguardem mais...